Carne opulenta, majestosa, fina,
do sol gerado nos febris carinhos,
há músicas, há cânticos, há vinhos,
na tua estranha boca sufarina.
A forma delicada e alabastrina
do teu corpo de límpidos arminhos
tem a frescura virginal dos linhos
e da neve polar e cristalina.
Deslumbramento de luxúria e gozo,
vem dessa carne o travo aciduloso
de um fruto aberto aos tropicais mormaços.
Teu coração lembra a orgia dos triclínios . . .
E os reis dormem bizarros e sanguíneos
na seda branca e pulcra dos teus braços.
(Cruz e Sousa)
Você está vivo. Esse é o seu espetáculo. Só quem se mostra se encontra. Por mais que se perca no caminho.
20 de fevereiro de 2010
16 de fevereiro de 2010
O despertar de uma paixão
Porque muitas vezes o mal prospera, porque muitas histórias não são felizes e porque as mulheres não amam os homens por suas virtudes. E por mais uma infinidades de motivos "O despertar de uma paixão" é um filme lindo que vale a pena ser visto.
O filme baseado em um romance de W. Somerset Maugham é sim uma história de amor mas é, antes de mais nada e acima de tudo, uma história de perdão.
No filme ambientado na China de 1925, Edward Norton interpreta o bacteriologista Walter Fane. Um homem um tanto sério e introspectivo mas cheio de virtudes que ama sinceramente a esposa e a perdoa. A perdoa por ser egoísta e mimada, a perdoa por não amá-lo e a perdoa até pelo adultério, não sem alguma dificuldade é claro.
E é por causa dessa dificuldade e o desejo de puní-la um pouco pela dor que ela lhe causou, e por nutrir esperanças de conquistá-la, a afastando do amante, que ele decide se voluntariar para dirigir um hospital em um vilarejo infestado pela cólera. Sem escolha, sua esposa Kitty (Naomi Watts) o acompanha nessa empreitada quase suicida e detalhe: eles não se vacinam.
Porque muitas vezes o mal prospera, porque muitas histórias não são felizes e porque as mulheres não amam os homens por suas virtudes o filme desperta em nós empatia pelos personagens e uma vontade bastante aguda de ler o livro que inspirou o filme.
Pretendo ler e quando o fizer digo o que achei, por hora fica minha recomendação do filme e se você correr ainda dá tempo de ver no carnaval.
2 de fevereiro de 2010
Náufrago
E vocês pensam que só Jardim Pantanal afunda? Nada disso! Hoje a Santa Cecília (bairro no centro novo de São Paulo) também naufragou. E eu estava lá! Quase fui levada pela enxurrada quando a água bateu no meu joelho, numa rua que nunca tinha alagado. Um pesadelo! E a água subindo . . . subindo . . . subindo . . . Para completar, quando eu finalmente me abriguei em um video locadora uma senhora ficou dizendo que aquela água provavelmente estava infectada de leptospirose! Que nojo!
Sem mencionar o fato de que enquanto eu assistia impotente a água subir e ameaçar invadir a video locadora eu vi um monte de lixo e me senti muito injustiçada. Eu nunca jogo lixo na rua mas a maioria não é assim e quando chove os bueiros estão todos entupidos. Hoje aquele pedaço só alagou por causa disso, qualquer um podia ver a água voltando de dentro dos bueiros. Parecia uma fonte de água suja.
Pena que eu estava sem celular se não teríamos fotos ilustrativas! Piadas a parte, foi terrível!
Estou aborrecida, não queria falar dessas coisas aqui, agora esse blog tem pauta, dá para acreditar?? Milagres de ano novo!
E eu ia falar disso quando finalmente atualizasse o blog, do meu pequeno milagre!
Mas fica para a próxima . . .
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