13 de dezembro de 2009

Incontentado

Paixão sem grita, amor sem agonia,
Que não oprime nem magoa o peito,
Que nada mais do que possui queria,
E que com tão pouco vive satisfeito . . .

Amor, que os exageros repudia,
Misturado de estima e de respeito,
E, tirando das mágoas alegria,
Fica farto, ficando sem proveito . . .

Viva sempre a paixão que me consome,
Sem uma queixa, sem um só lamento!
Arda sempre esse amor que desanimas!

E eu tenha sempre, ao murmurar teu nome,
O coração, malgrado o sofrimento,
Como um rosal desabrochado em rimas.

Olavo Bilac

8 de dezembro de 2009

Vampiro

Tento me desfazer de você, fugir, correr, me esconder.
Te evito em cada esquina, em cada passo que dou e ainda assim você me persegue.
Me encontra, não posso evitar.
E ao me encontrar você drena minhas forças, aquelas mesmas que tentei esconder de você.
Perturba meus sentimentos e confunde meus sentidos.
Não! Não sou apaixonada por você! Nem ao menos consigo entender como alguém poderia conviver com você todos os dias sem ficar arrasado.
Você é pior do que Dom Quixote com seus moinhos de vento. Ele podia, ele era herói, cavaleiro e personagem. Você deveria saber que é real . . .
Você é pior que vampiros virgens de cem anos*, você é real.
Céus, conto as horas para nunca mais te ver!!!
Para quem não entendeu o vampiro virgem de cem anos sugiro que leia Stephenie Meyer, ou não, porque a despeito dos muitos seguidores/adoradores na minha opinião não é bem escrito. Mas honestamente não quero entrar no mérito da questão . . . E sim, eu posso falar porque eu li, aguentei firme sem desistir por pior estruturados que os personagens se mostrassem a cada novo capítulo. Motivo: esperança de estar enganada, eu acho.