11 de junho de 2009

Não Te Rendas Jamais

Procura acrescentar um côvado à tua altura.
Que o mundo está à míngua de valores e um homem de estatura justifica a existência de um milhão de pigmeus a navegar na rota previsível entre a impostura e a mesquinhez dos filisteus.
Ergue-te desse oceano que dócil se derrama sobre a areia e busca as profundezas, o tumulto do sangue a irromper na veia contra os diques do cinismo e os rochedos de torpezas que as nações antepõem a seus rebeldes.
Não te rendas jamais, nunca te entregues, foge das redes, expande teu destino.
E caso fiques tão só que nem mesmo um cão venha te lamber a mão, atira-te contra as escarpas de tua angústia e explode em grito, em raiva, em pranto.
Porque desse teu gesto há de nascer o Espanto.

Eduardo Alves da Costa

E me espanta a cada dia a incapacidade humana em se espantar, em se importar com a miséria, sobre tudo a intelectual.
Tenho a impressão que a cada dia me perco mais, nos perdemos todos e nos tornamos menos, sempre menos . . .

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